quinta-feira, 19 de maio de 2011

Blood!Hmmm...I want!

   Os sintomas pareciam de uma ressaca,mas aquilo não era o despertar de mais uma bebedeira,e sim o despertar para uma nova vida.Uma vida maldita,óbvio,mas viveria.Para - se nada interviesse - sempre.
    O chão de mármore onde estava deitado era gelado,mas nem se incomodou,sua nova pele era tão fria e dura quanto o material em que estava.Nada em si era igual como foram outrora.Ele era,num ponto de vista físico,melhor.Tão melhor,tantas características melhoradas,tantas outras ganhas que nem daria para descreve-las nesse medíocre texto...
    - Gostando de se descobrir,querido?- O jovem se virou.A voz mansa e poderosa era de uma alta,bonita,branca e nua mulher.Vestia nada além de um robe de tecido fino,translúcido e preto.
     Ele assentiu debilmente.
     Será que era um sonho?Se fosse havia de ser um ótimo sonho,não um pesadelo,como os romancista vampirescos de que era fã falavam.Era estranho não sentir o organismo funcionando,mas era fantástico estar vivo mesmo morto, indescritível!Ele teria tempo pra filosofar esses dilemas,mas não agora,agora era o momento de saborear as novas sensações.Falando nisso,realmente seu paladar estava em ação,algum gosto estava em sua boca,e era familiar,mas na sua primeira vida não gostava de senti-lo.
    - É sangue.- decifrou a vampira.E vendo a cara de gosto dele acrescentou.- Bom mesmo gostar,porque é só isso que vai te alimentar.
    Era óbvio para ele. Pouquíssimos livros,gibis,cinema,qualquer coisa relacionada a vampiros falava de outro alimento em sua dieta.Ele também não queria mais nada mesmo,tinha fome,e era de sangue quente e fresco.
    - Preciso de mais!- Ele correu para ela,agarrou-a,começou a lamber e fungar em seu pescoço.Ela ria.Não com as cócegas que seus nariz e língua afobados fariam nela se fosse viva,mas da afobação em si.
    - Deixe de bobeira,garoto!Eu já morri,meu sangue só serve para transformações,não para alimentação.Nos iremos caçar,mas...- antes dela acabar sua declaração ele se afastou e foi em direção da compridas e grossas cortinas negras.Abriu-as.
    Quando os raios do sol da primavera bateram em seu corpo,este começou a queimar.
    - Não agora,idiota!- Ela bradou com uma fúria contida,e depois apreciou a queima,com tédio.
    Era uma vez um belo e jovem vampiro,mal começara a nova vida e ela já tinha ido embora.A vampira,branca como leite,chegou perto do monte de ossos e cinzas,se agachou e disse:
     - Seu jovem tolo...Pensei que tinha lido muito sobre vampiros,por isso te transformei...Recém criados não suportam o sol.Precisa de alguns anos para não entrar em combustão,e algumas décadas para parar de se queimar...- Ela fez um biquinho fingindo tristeza e pena dele.Uma mentira,ela não sentia esses tipos de sentimentos.Era uma máquina de pecado,nela só havia o que era ruim.
     "Nem aproveitei muito",pensou ela chateada.Levantou-se,chutou os restos queimados para trás de uma das portas do janelão e foi se deitar.A cidade era grande,milhares de garotos e garotas sonhavam em ter uma noite com alguém como ela,tanto pela beleza quanto pela imortalidade.E ela estava pronta para todos eles,principalmente para os Os negativos.
       

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