quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ritual,vingança,lesbianidades.

    Tudo estava pronto para o ritual.As sementes de romã,o galho de murta e o miolo de rosa foram bem mais fáceis de encontrar que coletar uma bacia de cobre,o veneno de cobra e o sangue de porco.Tesouros pechincháveis no becos do mercado popular.Óbvio,a pedra de carvão também não fora um jornada de procura,mas o que havia sido mais dificil foi o fio de cabelo daqueles amantes desgraçados!Um dele e um dela,ela..."Iscariotes!",pensou a ritualista.
    A rancorosa ritualista nunca amara ninguém como amara ela.Elas eram amigas de infância,se relevaram uma para outra,mas a Judaszinha sismou que gostava de meninos e de meninas..."Covarde!",esbravejou a ritualista.Mesmo sendo secreta - e isso atrapalhava um pouco - sua paixão era forte.Mas um dos elos foi enfraquecido pelo álcool.A embriaguez fez a "judas" ganhar esse título,sua traição corroeu os laços entre elas.Logo com "ele",o Dom Juan de décima categoria!Metido,vaidoso,viadinho arrogente estereotipado de merda!Eles iam pagar,de um modo extremamente severo,e nada poderia tirar a vingança da cabeça da pobre traida.
    O plano era simples e vários fatores contribuíam para ele dar certo.
    Bem,ele começou a surgir depois que a traida passou do estado de tristeza profunda para um ódio profundo.A internet fora seu asilo,e ideia de bruxaria vinha do busca:"Vinganças Macabras",no Google.
    O primeiro passo foi achar os ingredientes.A tarefa fora árdua,quase desistiu, mas seguiu o plano com afinco.Depois de entrar nos vestiários de cada um para garantir o cabelo e flagra-los deliciando-se na carne um do outro,a magoa e a raiva clamaram ainda mais por vingança.
     O segundo passo era o local ontem a vingança seria concretizada.Arranjar o lugar foi mais fácil que arranjar o miolo de uma rosa.Era a casa de seu tio.Ela estava em obras,vazia.Seus tios eram seus hospedes e poderia pegar as chaves da casa sem problemas.
     Seria o seguinte: O casal iria até a casa por causa de uma ameaça -Uma ameaça um tanto inacreditável, entretanto que podia ser muito bem forjada.Um sequestro.Recém, o irmão da vagabunda -.Falsa,claro.
     Confirmada a chegada deles era só instruí-los a ficarem aguardando mais informações sobre a negociação.E enquanto esperassem,já que estariam bem no local onde se encontra a insignia ritualística,era só finalizá-los.
      O efeito do ritual era bem claro na descrição:dor.Como fazê-lo era simples: Colocar todos os ingredientes na bacia, e misturá-los.Após um descanso sobre a luz do crepúsculo, pô-los sobre a insignia-irmã à da sala e tacar fogo no átimo que os alvos estivessem em posição. 
     Provavelmente tudo não passava de um simbolismo e o que rolaria de verdade com os dois malditos seria uma dor escruciante,porém psicológica e não física, como no filme Jovens Bruxas 
      O celular vibra.A sequestradora atende.A voz desesperada da duas-caras é prazerosa aos seus ouvidos.
       - Oitava casa da rua.Está em obras.- Com uma voz esplendidamente modificada a sequestradora responde sua vítima.
       Era tão excitante vingar-se! Nenhum deles ousara,pelo visto, ligar para alguém mais apto para tratar do assunto.E o irmão da vadia- que confiava e gostava da ritualista- estava se divertindo com os amigos com o dinheiro que ela dera para eles,além de não ter notado o sumiço do celular.
       A porta fora aberta.Ansiedade revolveu seu interior e também pareceu ter ligado o suadouro na ritualista.Agora ela que ligou para eles.
       - Fiquem aos pés da escada.- desligou.
        Com um isqueiro ela acendeu um pedaço suado e a maçado de papel.Ela escrevera ali: "Que o inferno os agrade".E o beijou, pouco antes de queimá-lo.Viu ele cair na bacia.Estava feito.
   

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Diálogos

Fulano: - Não julgue pelas aparências,você pode se arrepender...

Sicrano: - A é?... se eu comer um pão mofado e não discriminá-lo pela aparência,ai sim eu vou me arrepender!

Fulano: - Como você é imaturo e estúpido! Não se faz uma comparação com um coisa inanimada e uma pessoa!

Sicrano: - Você fez uma comparação de um copo quebrado com um coração magoado ontem mesmo O.o Bitch Please!, não me encha o saco com seu humanismo falso ¬¬

~Fulano sai~

sábado, 2 de julho de 2011

Reply

    "Ser Forte" foi um texto muito bom,realmente inspirador, e ele me fez pensar.Pensar,essa é a palavra.Como humanos que somos,pensamos,isso é o nosso diferencial em meio os outros animais.
    O raciocínio é nosso ás contra sentimentos inoportunos.Sim,é isso mesmo,pode parecer um tanto controverso ao que escrevi no texto anterior,mas mesmo achando que nós podemos e devemos mostrar nossa humanidade através dos sentimentos,também temos que nos ater da realidade,e a realidade não permiti o esbanjamento descontrolado de sentimentos.Você não é o único no mundo,certas exposições podem afetar os outros e a si próprio.Excesso,como diz a sabedoria popular,nunca é bom.
    Negar e discordar também são aspectos humanos,por isso nem sempre vão aceitar o que vc pensa e/ou sente.Se expor é um fraqueza nesse mundo,mesmo isso sendo uma ignorância,é a realidade.Porém,só estando só que podem ser quem somos.Demonstrar medo,tristeza,alegria,dependendo do seu meio pode ser o fim.
     Encontrar um equilíbrio entre o racional e o emocional é impossível,a maioria tenta,uma minoria descarta e outra minoria fingi que obtem esse desejo inalcançável.  

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ser Forte

    Todos os humanos tem emoções.Ser forte não é prender as lágrimas ou controlar uma risada,isso é ser seco.Educação é uma virtude que se aprende, já a sensibilidade é um dom nato que se trabalha.
    Se alguém se parece com um ser humano e não tem a capacidade de mostrar o que é,ele não está "sendo" humano ele somente"é".Simplesmente um organismo que nomeamos de humano.Existe uma espessa camada entre "ser" no gerúndio e "ser" na 3ª pessoa.Se você "é" estático e previsível será.Se você está "sendo" você é continuo,dinâmico,mutável.
    Todos choram e riem,alguns com mais dificuldade que outros.Somos assim.Alguns compreendem e outros não.Entenda,trabalhe.Sempre que precisar "ser humano" procure outro homo sapiens para compartilhar o seu dom,pois a ignorância dos "fortes" pode prejudicar a sua sabedoria.
     E se te acharem fraco por extravasar sua emoções,é só mandar um "vai tomar no cu" "di catiguria"!Ai veremos se o "forte" não vira humano.

domingo, 29 de maio de 2011

Dados & Conclusões

    Por cada sílaba que um humano fala,72 músculos entram em ação.No beijo 29 músculos se movimentam.Sorrindo,são 14 trabalhando.Ou seja,um sorriso largo é a melhor e mais fácil maneira de se expressar.Um beijo custa mais esforço,mas é na medida e dá mais "conectividade" aos indivíduos.Já falar é muito cansativo,é melhor usar os outros dois.
    

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Blood!Hmmm...I want!

   Os sintomas pareciam de uma ressaca,mas aquilo não era o despertar de mais uma bebedeira,e sim o despertar para uma nova vida.Uma vida maldita,óbvio,mas viveria.Para - se nada interviesse - sempre.
    O chão de mármore onde estava deitado era gelado,mas nem se incomodou,sua nova pele era tão fria e dura quanto o material em que estava.Nada em si era igual como foram outrora.Ele era,num ponto de vista físico,melhor.Tão melhor,tantas características melhoradas,tantas outras ganhas que nem daria para descreve-las nesse medíocre texto...
    - Gostando de se descobrir,querido?- O jovem se virou.A voz mansa e poderosa era de uma alta,bonita,branca e nua mulher.Vestia nada além de um robe de tecido fino,translúcido e preto.
     Ele assentiu debilmente.
     Será que era um sonho?Se fosse havia de ser um ótimo sonho,não um pesadelo,como os romancista vampirescos de que era fã falavam.Era estranho não sentir o organismo funcionando,mas era fantástico estar vivo mesmo morto, indescritível!Ele teria tempo pra filosofar esses dilemas,mas não agora,agora era o momento de saborear as novas sensações.Falando nisso,realmente seu paladar estava em ação,algum gosto estava em sua boca,e era familiar,mas na sua primeira vida não gostava de senti-lo.
    - É sangue.- decifrou a vampira.E vendo a cara de gosto dele acrescentou.- Bom mesmo gostar,porque é só isso que vai te alimentar.
    Era óbvio para ele. Pouquíssimos livros,gibis,cinema,qualquer coisa relacionada a vampiros falava de outro alimento em sua dieta.Ele também não queria mais nada mesmo,tinha fome,e era de sangue quente e fresco.
    - Preciso de mais!- Ele correu para ela,agarrou-a,começou a lamber e fungar em seu pescoço.Ela ria.Não com as cócegas que seus nariz e língua afobados fariam nela se fosse viva,mas da afobação em si.
    - Deixe de bobeira,garoto!Eu já morri,meu sangue só serve para transformações,não para alimentação.Nos iremos caçar,mas...- antes dela acabar sua declaração ele se afastou e foi em direção da compridas e grossas cortinas negras.Abriu-as.
    Quando os raios do sol da primavera bateram em seu corpo,este começou a queimar.
    - Não agora,idiota!- Ela bradou com uma fúria contida,e depois apreciou a queima,com tédio.
    Era uma vez um belo e jovem vampiro,mal começara a nova vida e ela já tinha ido embora.A vampira,branca como leite,chegou perto do monte de ossos e cinzas,se agachou e disse:
     - Seu jovem tolo...Pensei que tinha lido muito sobre vampiros,por isso te transformei...Recém criados não suportam o sol.Precisa de alguns anos para não entrar em combustão,e algumas décadas para parar de se queimar...- Ela fez um biquinho fingindo tristeza e pena dele.Uma mentira,ela não sentia esses tipos de sentimentos.Era uma máquina de pecado,nela só havia o que era ruim.
     "Nem aproveitei muito",pensou ela chateada.Levantou-se,chutou os restos queimados para trás de uma das portas do janelão e foi se deitar.A cidade era grande,milhares de garotos e garotas sonhavam em ter uma noite com alguém como ela,tanto pela beleza quanto pela imortalidade.E ela estava pronta para todos eles,principalmente para os Os negativos.
       

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dia de azar trágico

   - Só pode ser sacanagem!- Gritou dando uma ênfase em "sacanagem" que fez sua garganta doer.
    Maldito motorista,maldito carro!Fulano estava encharcado,e não fora a primeira infelicidade do dia.
    Comumente não fazia isso,mas era um caso especial,então ergueu o braço com velocidade e voracidade,tantas para sentir um "choque" em seu cotovelo.Fulano fechou a mão em um punho,ou quase,o único  dedo em pé foi o médio.Só não xingou pela boca também porque sua garganta ainda estava irritada pela ênfase,aliás estava irritado em todos os lugares!
    - Posso saber porque o"liso" mandou dedo pra mim?- Falou alto e pomposo o sicrano que com o seu esportivo prateado passara pela poça que molhara Fulano.Suas sobrancelhas estavam levantada,igual ao seu queixo.Os braço cruzados avolumavam os bíceps,a mostra por causa da regata cavada.Aquela postura intimidadora de um pitboy tatuado poderia causar o pavor desejado em qualquer um,mas naquele dia,não em Fulano.
    - Tu é cego ou idiota?Bem,alguma das opções deve explicar porque a JAMANTA não desviou da poça!- Fulano nem  ligara para o fato da "jamanta" ter o dobro do ser tamanho e ter cara de agressor de domésticas idosas.- E não faz essa cara que tu me entendeu,falou?!- Fulano se referia a cara de surpresa e confusão de sicrano.Sicrano mantinha a cabeça erguida,mas suas sobrancelhas se abaixaram e se juntaram,sendo separadas por uma ruginha.Sua boca se fechou em um bico de desentendimento,e o conjunto dizia:"Ué?!Me peitaram?".
    - Cê sabe o que aconteceu comigo?Não idiota,não é pra responder!É só uma deixa pra eu começar a reclamar.Babaca...- Fulano acrescentou o xingamento enquanto massageava as têmporas.
    Sicrano não gostava de ser tratado daquela forma,mas algo naquele sujeito não deixava sicrano partir a sua cara como terremotos fazem com o chão.
    - Pensei que ia chegar antes de todos no trabalho,mas cheguei meia hora depois,por causa dessa merda de relógio!- Tirou-o do pulso e tacou para longe.- Lá no trabalho caiu café em mim e depois esbarrei no filtro d'água e molhei o pessoal da diretoria todo.Fui dispensado por uma semana pelo meu chefe,ele até foi legal,poderia ter sido demitido!- Fulano pôs as mãos na cabeça depois de lembrar da "merdalhada".
    - Pô cara,tu não quer se secar não?- Sicrano sugeriu,tentando ajudar a resolver pelo menos um problema do pobre coitado.- Eu tenho uma toalha,tava indo pra academia...
    - Não,ainda tem mais,pera ai...- Fulano nem prestou atenção na boa vontade de sicrano,só queria desabafar.- Minha mulher me ligou avisando que meu cachorro tinha sido atropelado,mas não era pra mim se preocpar.Mesmo assim tentei ir o mais rápido que pude,mas o pneu furou na saída do estacionamento.Eu manobrei até uma vaga qualquer e fui pro veterinário.Chegando lá fui direto pra sala do veterinário,e a filha da puta e o viado tavam se fudendo na mesa dele.Até o cachorro tava comendo ela,e ele tava com a pata quebrada!A puta tava se recusando a transar já fazia 1 ano!- Sicrano deu um sorriso,mas o desmanchou antes do riso vir.- Eu meti a porrada no dois,com aquele poodle de merda,sai de lá na hora.
    Sicrano não sabia se ria ou se saia correndo de perto do cara,mas não fez nenhum dos dois.O fulano entrou no carro com pintura prata e detalhes tribais pretos e foi para casa de carona com um sicrano piedoso.
    Eles nunca mais se viram,até que sicrano atacou uma empregada doméstica com um grupo de amigos,e foi preso.No pátio da cadeia viu fulano isolado no canto.Foi até ele,cumprimentou-o e perguntou porque estava lá,e fulano respondeu perguntando:
    - Lembra do chefe gente fina que eu te disse?- Sicrano assentiu.- Matei ele.- Sicrano arregalou os olhos.- Quando tu me levou pra casa,encontrei ele na cama com o meu filho.
    Depois disso eles se tornaram amigos,e foram felizes para sempre...
    Bem,até que sicrano saiu por bom comportamento.

P.S: Fulano permaneceu na prisão até os 80 anos,morreu no dia seguinte.
FULANO = 


 DESTINO = 
   
PROBLEM?